Uma resolução para 2013: ser um herói
Luciano Motta Observe como nas sociedades do século XXI há um clamor por heróis. Em geral, as pessoas ficam abismadas quando veem alguém fazendo um ato nobre, doando de si mesmo, de sua própria vida, pelo outro. Até ações ordinárias, como a devolução de um montante em dinheiro encontrado ao relento ou o simples cuidado com os filhos por uma mãe dedicada, já são motivos de espanto e admiração. Nas artes, nunca se produziram tantas histórias e filmes de super-heróis. Contudo, esses mesmos heróis têm sido cada vez mais retratados como seres falíveis, frágeis, inconstantes. Parece descabido para os atuais padrões culturais a figura de um herói destemido, indestrutível, íntegro. Por essa via, por exemplo, foi produzida toda uma nova trilogia do Batman. São filmes ótimos, bem produzidos, é verdade, mas devemos ressaltar que a imagem clássica do herói foi modificada. O ideal de lutar pelo bem e servir às pessoas é diluído em um contexto "cinza". Tanto é assim que a dicotomia h...