Não compartilhe suas resoluções!

Luciano Motta

Tomei este título emprestado de um pequeno artigo do escritor Donald Miller. Fala sobre o fato de muitas pessoas contarem suas resoluções de fim de ano para outras, aumentarem as expectativas de todos e, no fim, perderem a motivação quando algumas dessas resoluções não se cumprem no tempo ou do jeito esperados. Miller sugere que os objetivos sejam fragmentados em pequenas partes, com prazos realistas e passíveis de reavaliação. Conclui seu texto com esta sentença: "ao invés de nos motivarmos por nossos amigos terem ficado impressionados com os nossos objetivos, podemos ser realizados ao cumprirmos todos eles".

Existem pessoas confiáveis que podemos compartilhar nossos sonhos e objetivos, mas há coisas e há momentos em que o silêncio é melhor. Aprendi sobre isso faz algum tempo, e realmente é verdade.

Minha esposa e eu marcamos a data do nosso casamento com mais de ano de antecedência, e só nós sabíamos disso. Trabalhamos as possibilidades, recorremos aos familiares próximos, investimos nossas parcas economias. A maioria das pessoas de nosso convívio só ficou sabendo que íamos nos casar quando ficamos noivos quatro meses antes da data que minha esposa e eu havíamos estipulado. As expectativas de todos foram supridas, e não nos desanimamos porque tudo já estava bem encaminhado. Casamos no dia 14 de março de 1998.

Outro ponto importante na questão das resoluções: Nossos planos devem estar sujeitos ao Senhor. Ele é poderoso para fazer mais do que pedimos ou pensamos (Efésios 3.20). Tem sido assim comigo até hoje. Não tenho dúvida de que todo servo de Deus vive essa realidade quando Deus assume o controle.

É verdade que há ainda muitas coisas a serem conquistadas (temos "culpa no cartório" em muitas delas!). Devemos então aproveitar a oportunidade que Deus nos dá nesse começo de ano para planejar, arregaçar as mangas e trabalhar com pequenas metas até os grandes alvos, sempre alinhados ao querer Dele.

No fim de 2011 fale de suas realizações, compartilhe suas conquistas, as bênçãos de Deus. E se até lá algo não for alcançado, mas você manteve seus objetivos em secreto, então só você saberá o que ficou incompleto e assim preservará sua motivação para concluir tudo mais à frente. Avalie o que não deu certo, adicione novas resoluções e comece o próximo ano de cabeça erguida. Trace objetivos de médio e longo prazos. Pense daqui a cinco, dez, vinte anos. O que você será? O que você quer conquistar? E acima de tudo: O que Deus quer de mim?

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