A Árvore da Vida: a efemeridade de nossa existência
Luciano Motta Não é simples falar de um filme como "A Árvore da Vida" (EUA, 2011, 139 minutos), do premiado diretor Terrence Malick. Depois de ler críticas profissionais e comentários a respeito do filme, uma palavra aparece em quase todas as resenhas: "experiência". Sim, são pouco mais de duas horas de imersão em uma experiência lúdica, um soberbo trabalho audiovisual que envolve nossos sentidos e sentimentos. Como não ser impactado pelas belíssimas imagens e a história que elas contam, sem palavras? Como não se identificar com o drama familiar exposto, com a ruptura entre pai e filho, com as crises de fé e de constituição da nossa própria existência? Não é um filme fácil, como não é a vida. Sua narrativa não linear percorre desde a origem do mundo, passa pela era dos dinossauros, e chega até os dias atuais ou o que parece ser um futuro próximo. Porém, na maior parte do tempo, somos cúmplices do dia a dia de uma família americana típica dos anos 1950, que tem...